"O futebol está caminhando para o trabalho funcional. Eles são realizados em conjunto com o core training. Há uma possibilidade infinita de trabalhos, os jogadores não gostam, mas temos notado que, quanto mais eles conseguem se segurar naquela posição, ele tem movimentos melhores dentro de campo. Seja num salto, num giro, na recuperação de uma virada", explicou Trevisan em relação a esse trabalho preventivo, influente no rendimento e cada vez mais utilizado na modalidade.
De origem anglo-saxónica core é uma palavra que se refere a "centro, região central ou fundação". No corpo humano, o local é compreendido como o centro de gravidade das pessoas, constituído por músculos da parede abdominal, coluna lombar, restantes extensores da coluna e músculos da cintura escapular.
Os 29 músculos de origem pélvica representam um suporte importante para o sistema muscular. E o seu trabalho sinérgico permite a estabilização do tronco durante os movimentos dos membros.
Dessa forma, no ambiente da actividade física, o treino que foi desenvolvido com a intenção de reduzir dores e problemas nas costas dos pacientes, delineou-se como algo capaz de melhorar a base do tronco dos atletas durante os movimentos, conferindo-lhes mais firmeza e estabilidade nas acções especiais das mais variadas modalidades desportivas.
Esta região desempenha uma função muito importante para o rendimento dos atletas. A expressão ainda pode parecer estranha para muitos profissionais ligados à preparação de atletas de alto nível, mas o core training tem se tornado cada vez mais presente no quotidiano desses desportistas. Trata-se de uma actividade preventiva e com influência directa no rendimento, sobretudo em modalidades que exigem muito dos membros inferiores - o futebol, por exemplo.
Por conta disso o core training ganhou espaço nos últimos anos e sua utilização tem se tornado cada vez mais constante nas equipas de futebol. Sua configuração é baseada em alongamentos, equilíbrio e treino de alinhamento dos músculos da região.
"São 29 músculos de origem pélvica e formam o centro de gravidade de qualquer atleta. Antes, mexíamos apenas com o quadríceps dos atletas. Mas percebemos nos últimos anos que a força do Core determina a intensidade da freada e da mudança de direcção, que são componentes fundamentais para o rendimento desportivo", disse Fábio Mahseredjian, preparador físico do Fluminense e da seleção brasileira, durante a quarta edição do Fórum Internacional de Futebol (Footecon).
Os números comprovam a eficiência do trabalho de core training para o desempenho dos atletas. Em dois meses de uso dessa atividade, os jogadores de futebol têm uma evolução média de 5,6% na impulsão vertical, 5,3% no arranque de 10 metros e 5,5% no arranque de 40 metros.
Nas minhas equipas, desde que iniciei a minha carreira profissional, utilizei sempre este tipo de trabalho porque acredito no mesmo e seus resultados.
É necessário também possuir atenção que este trabalho é óptimo para a prevenção de lesões e os ganhos de força que poderão ser adquiridos neste tipo de trabalho, nomeadamente na região "core", que poderão trazer benefícios noutras acções que o corpo do atleta, durante um jogo de futebol, pode solicitar, como é o caso do remate.
Deixo aqui alguns exercicíos que efectuei com as minhas equipas:
Este tipo de trabalho pode ser efectuado não só no Ginásio, como também nas pausas que possam existir durante o treino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário